sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dona de mim.


Me deixa ser. Me deixa estar. Não me dê limites, não me diga o que é melhor pra mim. Se por acaso me ver passar, não me pergunte como estou. Respostas que me complicam, eu descarto, te entrego. Estou do avesso, mas estou comigo, e a minha presença é a única coisa que preciso. Não me venha com desculpas, ilusões estragam a minha alma. Você deveria saber que eu iria me recuperar, não deveria? Sou dona de mim, dona do meu mundo. E impossibilidades pra mim, é inexistente. Não tente me limitar, pois a lição dessa vida eu já aprendi, qualquer dia paro pra te ensinar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Meu quase novo amor.

Venero a liberdade, disso eu sei e você também. Queria acreditar realmente que a liberdade é uma coisa boa. Claro que ela é, mas em proporções excessivas, ela sufoca, ela prende, ele não nos deixa saída. Me diga, você já se sentiu tão livre ao ponto de se sentir, vazio? Sozinho, desamparado. Estranho, mas vindo de mim, se sentir assim, é realmente raridade. De todas as minhas vontades, me conhecer é a primordial. Eu sou um quebra-cabeça, queria me descobrir.
Mas falar de mim agora não vem ao caso, meu caso agora é você. Amor? Não acho que é pra tanto. Mas, sinto coisas por você, coisas estranhas, quase arrepios, eu diria.
Porque quando você me abraça, é como se eu girasse, ou o mundo girasse, ou não sei.
Não sou boa pra descrever sentimentos, você sabe. Ou ainda não sabe, nada de mim.
Engraçado, mas necessito te sentir, rir das suas bobeiras, e ouvir os seus problemas.
Te consolar nos momentos difíceis, apertar a sua mão e dizer: "Eu estou aqui, tudo vai ficar bem". Eu queria fazer parte da sua vida. Mas antes, eu preciso te abraçar, uma coisa de cada vez, vamos dar tempo ao tempo. Venha cá, diga que gosta do meu jeito, permaneça me olhando, sinta meu coração. Me faça amar novamente, faça-me perder, deixe-me te encontrar.

Garoto.

Garoto. É, você mesmo. Queria te fazer uma pergunta.
Você reparou naquela menina? Aquela mesmo, sua amiga, protetora, que faz de tudo pra te ver bem? Será que ao menos já tentou ver além dos seus olhos, um brilho?
Você bagunçou o mundo dela, veio assim do nada, levou tudo.
Fez ela sorrir. Sabe, ela pensava em você a todo instante, ela vivia você, respirava você. Você se lembra daquela música? Sim, eu sei que se lembra. Sente-se, preciso te contar as coisas que guardei comigo.
Tudo isso começou, quando ela avistou você, mesmo que de longe, ela sabia, o amor tinha chegado pra ela. Ela tentou de todas as maneiras conquistar você, mas o máximo que ela conseguiu, foi sua amizade. E isso pra ela, era o melhor de todos os tesouros.
Seu sorriso era mais sincero toda vez que ela te via, seu coração pulsava desacelerado sempre que você dizia que a amava, mesmo não sendo da forma que ela sonhava.
E acredite, nada a fazia mais feliz, do que te ver sorrir, ver seus olhinhos brilharem, saber da sua vida, os seus segredos, conhecer cada mania, poder dizer que estava ali, pra tudo que você precisasse. Ela se sentia útil, ela estava feliz. Acredite por favor.
Mas, não era suficiente. E em um dia normal, outra pessoa apareceu, e roubou você.
Levou seu coração, e ela, ela já não tinha mais, não existia.
Você estava muito feliz, você estava muito ocupado, você não notou nela.
Você se foi, e a deixou.
Agora ela partiu, como uma chuva no verão. Garoto, só queria te dizer, um amor igual a esse, jamais você vai ter. Me perdoe, mas preciso que você saiba. Ela te amava, e por isso, a vida dela acabou no instante que a sua começou.

terça-feira, 11 de maio de 2010

The beginning of the end.


Será que você não entende? Será que não vê o tanto que eu preciso de você?
Não, isso é um mau começo. E por falar em começo, estamos sempre começando, começando do zero. Mentiras. Minhas e suas. Talvez seja isso, nos perdemos nas mentiras, no orgulho, na vontade imensa de nada ter. Quem sabe esses tantos longos meses de inúmeras tentativas pra nada tenham servido. Ah, serviu sim, serviu pra isso. Pra agora. Eu aqui e você ai, esbanjando essa sua alegria medíocre. Será que você está satisfeito? Toda essa felicidade ai vem de onde? Porque não consigo acreditar, que depois de tudo que vivemos, você possa estar tão realizado com o suposto fim. Fim de quê mesmo? Fim da minha ilusão, porque é ilusão que isso deveria se chamar. Não se pode chamar de amor um sentimento singular, quando só um sente, não é amor, e tudo mais que poderá ser, se acaba.
Poderia eu ter tentado mais? Ter lutado com toda aquela objetividade? São tantas perguntas, que consequentemente, não tem respostas, não existe, não é válido.
Não quero mais tentar, não aguento subir no topo mais alto, e cair. Se espedaçar, quebrantar, e novamente ficar aqui, colando os restinhos de mim, sozinha. A sua alegria me afeta, me faz mal, me faz morrer cada vez mais. Porque você não está aqui agora?
Como você está? Onde se encontra seu coração? Eu já não quero mais saber, de mim, nem de você. Game Over, você acaba de vencer. Vencer mais uma vez.
Parabéns, você acabou com o meu coração, e esse é o seu prêmio.
Agora me desprenda, diga que não me quer, que já não sente mais nada, que nunca existiu, seja verdadeiro, ao menos uma vez. Me liberte de tudo isso, confessa que foi um jogo, e que você não sabe perder. Só não se desculpe, não me dê esperanças. Me deixe ir, sem olhar pra trás, esperando que o destino se encarregue do resto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Penso, logo inexisto.


Sentada, ela acende um cigarro. Aspira o cheiro da vida, o cheiro do destino. Olhando para o céu, ela avista as aves. Tão livres, tão donas de si. Fica ofuscada com o brilho daquele dia nublado, e o frio parece aumentar. Mas ele não o sente. Aquele vento a invade, e ela luta contra os pensamentos. Eles tem armas mortais, ela tenta afastá-los com toda a força da sua alma. Sem resultados. Olhando para o nada, eles vencem a batalha. E ela pensa. Pensa em toda felicidade que já teve, em todas as brincadeiras, naquele brilho no olhar. Pensa no acelerar do seu coração ao encontrar aquele amor, aquele único amor, o mais sublime e fugaz. Pensa nos seus sonhos, que se perderam, que se foram. Ela queria sorrir, mas o sorriso está morto, junto com a sua esperança. Ela queria reviver, mas a vida desistiu dela. Ela queria sentir, mas já não pode. Ela inexiste, e dentro dela habita a solidão.

domingo, 9 de maio de 2010

O9 de Maio - Dia das Mães.

Mãe, amor sincero sem exagero.
Maior que o teu amor, só o amor de Deus...
És uma árvore fecunda, que germina um novo ser.
Teus filhos, mais que frutos, são parte de você...

És capaz de doar a própria vida para salva-los.
E muito não te valorizam...
Quando crescem, de te esquecem.
São poucos, os que reconhecem...

Mas, Deus nunca lhe esquecerá.
E abençoará tudo que fizerdes aos seus...
Peço ao Pai Criador que abençoe você.
Um filho precisa ver o risco que é ser mãe...
Tudo é cirurgia, mas ela aceita com alegria.
O filho que vai nascer...

Obrigado é muito pouco, presente não é tudo.
Mas, o reconhecimento, isso! Sim, é pra valer...
Meus sinceros agradecimentos por este momento.
Maio, mês referente às mães, embora é bom lembrar...
Dia das mães, que alegria é todo dia.


Pecado.

Ele é o pecado mais doce, ele me domina, me tem, me possui.
É dono de tudo que há em mim,
dono da minha alma.
Quando ele me toca, eu toco o céu, brinco com as estrelas, converso com a lua.

Nem a mais doce melodia me envolve tanto como a sua voz, e
quando ele fala que o tenho, eu ganho o universo, com todos os astros, com todas cores.
Ele é o sonho mais lindo, o momento mais intenso, a alegria explicita.

Ele é o poder, a dominação, a superioridade.
Me tomou assim, não como quem não quer nada, mas sim quem chegou e disse que queria tudo.
E hoje, eu posso dizer, você é
meu tudo, a minha esperança, a minha sina.

sábado, 8 de maio de 2010

Auto-suficiência.

Plagio, elogios, fama, mais plagio. Tudo inútil. Todos almejam tanto que as pessoas as percebam, as note, de alguma forma as ache espetacular. Se esforçam tanto pra aparecer, que acabam perdendo-se de si mesmo. Do que importa quantas pessoas te elogiam quando somente você sabe o que realmente é? Do que importa tantos sorrisos falsos, promessas, se lá no fundo você sabe que é tudo, tudo uma enorme mentira, uma mentira ensaiada pela vida. Pra falar a verdade, ninguém pouco se importa com o que você é, ou o que você pensa. Pouco importa se você é dedicado, simpatico, engraçado ou tem um dom. Pouco importa as coisas simples. E sabe onde tudo isso vai parar? no lixo. Porque é lá que se jogam as coisas que não servem mais. Não só as coisas, como as pessoas, os sentimentos, os momentos. Nada realmente é válido. Você se esforça, tenta ser o melhor, ultrapassa suas limitações, e quem se importa? Você não sabe? Eu respondo. Ninguém se importa. Lá vai um conselho: sempre seja você mesmo. Mesmo que você tropece, caia, se destrua em pedaços, sempre seja você, mas não o mesmo pra sempre. Mudanças são necessárias. Não queira mostrar pro mundo do que você é capaz, na verdade só você sabe disso, ninguem além de você. Apenas sorria mesmo quando as lágrimas quiserem invadir, deixe que todos vejam a alegria transbordar da sua alma, e sabe? Elas te invejarão por isso. A alegria é a coisa mais invejada de toda a existencia. E se você a tem, não precisa de mais nada, nada além de você.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Perder.


Ando pensando em quantas oportunidades tenho perdido. Não sei se por medo do risco, ou sede dele. Só sei que tenho perdido.
Perdido sonhos, perdido momentos, perdido alegrias. E agora? O que me resta?
Sim, ainda me resta a esperança... A esperança de um dia melhor com alegrias expressas, momentos felizes.
Mas, o que é mesmo essa tal felicidade?
Bom, acho que se ela existe mesmo, ela não vai muito com a minha cara.
E essa história de que que a felicidade bate na sua porta quando você menos espera.
É, talvez ela não saiba meu endereço.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Imperfeito, feito pra mim.


Não quero mais ouvir aquele rotulado e cansativo "Te amo", em nenhuma lingua, de nenhum modo. Sabe mesmo o que eu quero?
Demonstrações de afeto. Simples. Estou realmente saturada desse jeito tão repetitivo de expressar sentimentos.
Desejo que me abrace e que pare o mundo naquele instante, desejo que diga o quanto eu sou chata e que as vezes não me suporta. Desejo que me ajude a montar um quebra-cabeça ou caça-palavras, me faça sorrir de coisas nojentas, diga que eu sou estranha, mas que gosta do meu jeito. Quero que me leve pra ver as estrelas em um lugar simples, que brinque de ser feliz, que me faça sonhar.
Quero alguem imperfeito, feito pra mim. Que simplesmente exista, em algum lugar, perdido, e que sabe, que eu tambem existo, e que estou aqui, somente esperando esse
alguém chegar.

domingo, 2 de maio de 2010

Eu sou criança.



Não pense que me refiro apenas à minha ânsia de aproveitar cada segundinho da vida.
Não.
Eu falo também dos meus deslizes, das coisas que eu não deveria ter feito ou, ao menos, deveria ter feito um pouco diferente.
Eu erro e erro muito.
Erro sem pudores, sem vergonha, sem querer.
Erro em minhas tentativas de me mostrar madura e também na imaturidade de não querer deixar a criança dentro de mim morrer.
Pudera, não tenho qualquer pretensão de ser perfeita.
Que entediante seria a vida se tudo estivesse alinhado, tudo certo nos mínimos detalhes.
O que aprenderíamos durante jornada se chegássemos prontos até ela?
Não me reprima, não me condene, não tente me ensinar o que você não sabe.
Eu estou engatinhando e é sozinha que eu pretendo aprender.
Aliás, carrego meus valores desde pequena.
Não engano, não minto, não faço vítima alguma.
As conseqüências dos meus atos quem sofre sou eu.
Eu me martirizo, me entristeço, me revolto, para depois me absolver de todas as culpas e chegar à minha redenção; para enfim perceber que eu sou humana.
Apenas mais uma menina que terá que conviver com o bônus e o ônus de ser um pouco criança para sempre.
Aliás, qual seria a minha idade?
Minha personalidade varia tanto que tem gente que chuta bem longe.
Mas não vim até aqui para contar quantos anos eu tenho, e sim para dizer que eu tenho todos eles.
Eu incorporo a idade de quem convive comigo.
Tenho...
03 aninhos quando corro no parque com meu sobrinho, afilhados e com toda a criançada.
05 anos quando fico de pé no chão e pulo na cama ou quando brinco de golfinho na piscina com os meus alunos.
10 anos quando brinco de pique-pega.
15 anos quando me olho no espelho e nada fica bem, quando não quero sair de casa, quando coloco meu pijama, minha meia, quando quero apenas o meu canto.
18 anos, no clube, com minha melhor amiga à tira-colo, biquíni, shortinho, maquiagem nenhuma e uma animação de tirar o fôlego.
19 anos quando digo não, quando me imponho e falo o que eu penso.
21 quando pego o carro e vou para onde eu quero, como eu quero e com quem eu quero.
23 quando olho firme nos olhos, quando olho de canto, quando desvio o olhar.
24 anos quando dou o primeiro passo, quando ligo, quando chego sozinha numa festa ou n’outro país.
Quando tenho 30, 40, 50 ou 100 anos... Ah, isso eu não poderia dizer. Sobra pretensão, mas falta maturidade.
Aliás, quando se fala em experiência eu volto a ter um aninho...
E tenho certeza de que ainda há uma vida para aprender a viver.